Hoje estava te olhando. Você ainda vive dentro de mim. Lembra de quando andávamos de mãos dadas? Lado a lado, a sua geração e a minha. Estava com dor de estômago ontem. Sinto falta dos chás, dos conselhos e dos cuidados quando eu ficava doente. Amanhã é dia das crianças. Estou esperando você vir me buscar para irmos ao centro da cidade passear, tomar sorvete e comprar meu presente. Estou te olhando agora. No outro lado da baía está dando mais peixes. Vamos até lá? Lembra quando íamos, juntos, pescar no fim da tarde? Nunca mais andei na praia. Não tenho mais companhia. Hoje levantei cedo, no mesmo horário que você. A mesa para o café não estava posta, não vi o mamão cortado e a térmica cheia de café. Fui pra aula sem comer. Sinto sua falta. Ainda não me acostumei, apesar de fazer tempo que você partiu. Você ainda está por aqui, eu sei. E, mais tarde, caminharemos novamente juntos. Não por uma vida, mas por toda a eternidade.
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Um comentário:
"Se lembra quando a gente chegou um dia a creditar... que tudo era pra sempre... sem saber que o pra sempre, sempre acaba"
Arrumei um tempinho pra vir te ver, Guta!
Esse post me tocou...
Mesmo!
Lindo texto... daqueles que fazem doer por dentro...
Beijo,
Adriellen
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