domingo, 21 de outubro de 2007

imobilidade

Sabe, não quero mais chorar. As lágrimas têm machucado a minha alma. Ficarei aqui, parada, estática. Vou sentar no chão da praça e ficar tal qual estátua. Dessas estátuas antigas, que ninguém pára para olhar. E que ninguém entende o porquê de estarem ali, atrapalhando o caminho dos pedestres apressados. Vou ficar ali, imóvel. Esperando a chuva cair. A chuva que infiltra a pedra fria da minha pele. Vou esperar você passar por mim. E, quando você passar, vou torcer para que repare em mim. Para que pare, e me olhe. Me olhe com os olhos de quem ama. De quem vê além da pedra fria, gasta, corroída pela dor e pelo tempo. Vou pedir todos os dias a Deus para que me você me toque. E que as suas mãos quentes sejam capaz de me retirar da pedra gélida, e me libertar da prisão-estátua.

2 comentários:

Cibele Jordão disse...

Hum , será que também vou ter que fazer isso?

Só pra variar um pouco eu amei né!
E só pra variar também, me identifiquei...

Beijos moça

Anônimo disse...

Não sei o que dizer deste!

[As mesmas lágrimas que machucam, acabam ajudando a cicatrizar a ferida]

Beijo grande,
Post duplo é sempre um presente!