segunda-feira, 22 de outubro de 2007

porta-jóia

Ela era prateada, como a lua resplandecente no céu da noite. Em volta, uma fita lilás contornava toda a volta. Por dentro, o amarelo vivo fundia-se com o mais belo violeta. Tons luminescentes de roxo envolviam as minhas lembranças. Deixei-as ali. Guardadas e escondidas de mim. Porém, não tive o cuidado de esconder, também, a bela caixinha de lembranças. Deixei-a solta, largada entre os móveis e caixas da mudança. Enquanto fazia, ou pelo menos tentava fazer, a minha reforma íntima. Agora, estou recolocando os meus móveis íntimos no lugar. Abrindo, novamente, as caixas com as roupas, faces e disfarces de mim. No meio de tudo, encontrei a caixinha. Aquela, que não tive o cuidado de esconder. Abri. E, do meio das luzes roxas, surgiu você. A minha mais latente proibida lembrança.

Um comentário:

Anônimo disse...

... E guardar lembranças em caixinhas já não funciona mais...

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