sábado, 27 de outubro de 2007

morta-viva

As palavras evidenciam a minha alma. Olha! Vê o sangue que escorre? Veja! Veja além das palavras. Elas mostram o meu eu mais profundo e escondido. Cada letra é um pedaço de mim. Vê as vísceras expostas? Veja! Olhe! Sinta o cheiro podre que sai do meu corpo aberto. É o cheiro dos sentimentos. Eles putrefaram dentro de mim. Veja a dor que pulsa latente na minha corrente sanguínea. Ela corrói as veias, apodrece o sangue. Olhe! Veja! Está vendo o meu coração negro? É a podridão que tomou conta de mim. Olhe! Veja! Sinta a dor de um cérebro amante e retardado. Sinapses descontroladas por algo que não tem valor. Um pus constante sai de dentro de mim. Nada mais pode me salvar. Epilepsia dos sentidos. Amor contido, também mata.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Eu nunca vi maldade assim, tanto zombar, zombar de mim
Disse o poeta , que do amor era descrente
Quase sempre a gente gosta
De quem não gosta da gente..."

E mais do que nunca isso se faz claro!

(Tentei por 2 minutos comentar aqui! Está barra!)