Eu morro, toda noite. Perco a vida, perco o sono. Durmo por não ter outro remédio para que o tempo avance o mais depressa possível. Eu renasço, toda manhã. Vivo por não ter outro remédio que faça os dias voarem para que a noite chegue mais uma vez. Um sopro de vida me reanima na hora do café da manhã. É a esperança de cada dia. A esperança vazia, solta, apagada. Mas é, também, aquela que me traz você por alguns instantes ilusórios. É ela que me faz ver teus olhos, escutar teu riso, sentir teu toque. A noite vem, e me tira tudo isso. É o golpe, a dor da perda, a morte, o enterro dos sonhos. Amanhã, acordarei com a brisa gelada da vida esvoaçando os meus cabelos. Apagarei a luz agora. Adeus, meu grande amor.
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