terça-feira, 25 de setembro de 2007

claridade

Apago a luz. Fecho os olhos, escondo o rosto. Quem sabe no breu eu consiga fingir que é você. Quem sabe com o nariz e os olhos fechados eu consiga enganar os sentidos. Tapear os sentimentos. Trapacear o meu corpo. Quem sabe, abstraindo-me da realidade, as mãos que agora tocam tornem-se as suas. Escondo-me do mundo, os impulsos cegos e tolos estão no comando agora. O governo deles dura pouco. Somente o instante necessário para acender a luz. O clarão ofuscante me traz de volta à realidade. À realidade dos sentidos.

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