quarta-feira, 19 de setembro de 2007

passou

Ontem, te deixei. Finalmente eu acho que te deixei. A despedida é sempre triste, sempre dói reler as palavras doces e relembrar as passagens ainda frescas na memória. Mas, por mais que tenha te perdido, eu ganhei. O vento frio que cortava a noite, a lua ausente na noite que já ia alta, nada mais me lembrava você. Andei muito, falei muito e senti muito. As sensações e os sentimentos mais estranhos me tomaram, de súbito. Estranhos? Não. Eles eram velhos conhecidos de mim. Apenas eram estranhos por acontecerem. Afinal, não eram mais os seus olhos, o seu rosto, a sua boca, a sua língua. Eram outros, completamente diferentes em gosto e sentido. Mas eram reais. E igualmente reais, foram as sensações por mim experimentadas.

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