segunda-feira, 25 de agosto de 2008

toque constante

Chegada. Encontro. Olhares. Surpresa. Dia claro, sol a pino. Cidade quente, forno de concreto. O tempo passa, atropelando os momentos e as etapas. Quebrando meus protocolos. Não há tempo para pensar. Os dias corridos não me interessam. A voz doce e suave que escuto não é aquela que pretendia ouvir. É outra, ainda melhor. Canto mudo, palavras abafadas. Não há o que dizer. As palavras chegam à língua, e ela se recusa a falar. Terras, oceano e tempo brigam com o destino. Destino, por si só, contraditório. Controvérsia em mim mesma. Fecho os olhos, procuro abrigo na escuridão. Esqueci de proteger os ouvidos. A música ainda toca. E me toca, profundamente.

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