Ranjo os dentes. A dor é lascinante. Um gosto salgado molha a língua. Mar vermelho em minha boca. Oceano profundo repleto de células-palavras. Palavras nunca ditas. No fundo do oceano, estão os meus dentes quebrados, como conchas repousando sobre a areia da língua. Partiram-se tal era a força das palavras batendo como navios perdidos contra as rochas marinhas. Nesse oceano vermelho não há vida. O único movimento que existe é o das palavras. As quais vagam como almas perdidas, abafadas pelo silêncio profundo da garganta. Sinta o gosto do sangue.
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Um comentário:
Nossa... que forte!
Li três vezes ... ¬¬
".. abafadas pelo silêncio profundo da garganta.. "
Perfeita! Assim vou começar a citar vc!
Beijos, gata :*
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