Caminho por aí. Durante o trajeto, sem rumo, só vejo pernas e pés que, quase, me atropelam. De cabeça baixa, só olho para o chão, não posso me perder no caminho. É preciso olhar com atenção para saber voltar. Porém, caminho sem olhara para trás. Dessa forma, evito o risco de obedecer ao impulso de querer voltar. Ando sozinha, tropeçando nos meus pensamentos e na minha própria solidão. A cidade é pequena e eu sou menor, ainda. Tão pequena que ignoram a minha existência. Ninguém me acompanha no trajeto, ninguém me dá conselhos ou oferece ajuda. Curo meus medos e desesperos sozinha. Abafo o choro ou choro alto, desesperadamente. Tanto faz. Ninguém escuta ou percebe que eu choro.
sábado, 4 de outubro de 2008
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