Todos os dias um novo ciclo, mais um começo. Abro os olhos devagar, como quem tem medo de deixar o dia entrar. E, de fato, tenho. É sedutora e convidativa a idéia de voltar a dormir, fechar os olhos e imaginar que a cama é a minha, que o quarto é o meu. Doce engano de poucos minutos. O travesseiro, vilão das minhas noites, não me deixa esquecer que os pesadelos são parte da noite de quem dorme. Todos os dias me expulsa para fora da cama e me desperta no susto. Lavo então o rosto, para que a água se misture com as lágrimas e disfarce o rosto molhado. Logo vou tomar banho, e esperar que o chuveiro me afogue.
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