Ora piscina cheia, ora tanque seco, vazio completo. Emoções que transbordam, vazios que me inundam. Ando ou nado por aí. Nunca sei, o tempo muda tão depressa, o rio sempre enche tão rápido. Na bolsa carrego sapatos ou nadadeiras. São sempre úteis para explorar meus caminhos solitários ou as minhas enchentes de emoções. Emoções que extravasam. Transbordam o enorme tanque da minha alma. Tanque raso que esgota a mesma água que transborda num instante. Minhas ruas são canais. Meus canais são calçadas pedregosas, mal acabadas. Mas, imperfeitas ou não, insistem em apontar-me caminhos. Sigo, mas me perco. Me perco e me encontro. Me encontro por aí, trocando passos com estranhos ou velhos conhecidos imaginários, tropeçando nas minhas próprias pernas, cadarços e nadadeiras. Sou nada mais que um grande emaranhado de galerias pluviais, fluviais, eu que sei. Não sei suas classificações. Sei que não me encontro. Sei que me encontro. E, sobretudo, sei que sou sempre eu. Sempre a mesma percorrendo os caminhos do mesmo velho cenário.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
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