terça-feira, 28 de agosto de 2007

mentiras

Escrevo pra ti, e é tudo tão em vão. Nada do que eu diga, pense ou sinta, parece ter valor. Sofro, amargo cada parte em mim. Leio as palavras duras que sempre temi, descubro as tristezas que sempre repudiei. Vivo de incertezas. Queria tanto te ver aqui, te encontrar por aqui. Mas aí me pergunto, seria real? Você traz sempre as palavras mais doces, as melhores mentiras. Busco, e sempre encontro, as palavras de amor esperadas. Queria tanto acreditar. O maior de todos os meus sonhos agora é a ignorância. Eu queria ser ignorante de tudo. Eu queria voltar a sonhar, a te esperar. Será que você ainda vem? Em mim, encontro o sim e o não. Prefiro acreditar no sim, mas a racionalidade do não é latente, inegável. Acordo perturbada, vivo perturbada. Olho ao redor e tudo o que eu vejo é a imagem que me tira o sono, que adoece a alma. São outros braços, outras mãos, outro corpo e são, sempre, as mesmas mentiras.

Um comentário:

Cibele Jordão disse...

Mentiras...
Ah como eu queria não ter que ouvi-las, nem lê-las...
Doloroso...

Lindo texto moça!