Face vermelha, queimada. Rubro rastro deixado pelo pequeno córrego de lágrimas. Pequeno, mas constante. Ácido cortante que escorre de meus olhos. Tão ácido que me cega, só consigo senti-lo. O turbilhão de águas volumosas que outrora derramava, aos poucos foi diminuindo. A água de meu corpo, devagar, foi tornando-se escassa. Escassez quase desértica. Deserto de sentimentos, clima árido que impede qualquer semente de gerar frutos ou árvore frondosa. A única vida que ainda resiste são meus olhos cegos. E o único liquido que de mim escorre é a salgada lágrima que me destrói. Preferia a tromba d’água que me arrebentava os olhos furiosamente. O choro fraco e constante é o que mais dói a alma agora.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
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Um comentário:
Choro fraco, choro garoa, nos torna ainda mais fracas, bem pior que choro cachoeira. Mas você é forte, eu sei disso, e você também sabe. Eu nunca serei a pessoa que irá te dizer "você deve esquecer, você deve mudar, você TEM que conseguir". Você não deve nada, não deve nada a ninguém, você tem que seguir assim, do jeito que deve ser, do jeito que as coisas caminham por si próprias, sem interferências, e sem pensar se te faz bem ou mal, porque existem assuntos e sentimentos que estão acima da nossa capacidade de mudança. Siga em frente, não importa como! Siga como deve ser! Beijo!
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