Areia seca, fervente. Sol queimando o rosto, queimando a alma. Os raios entram através da carne permeável. Os olhos se fecham, a luz é forte demais. O corpo verte água. Um rio se forma. A ilusão de um rio. Miragens desérticas invadem o ser. A vida vai, aos poucos, desaparecendo sob o sol. Como uma poça d’água evaporando sobre a calçada. Lá na frente, entre as fendas quentes da areia, existe um oásis. Corra! Ainda há tempo para beber a minha alma.
terça-feira, 22 de abril de 2008
desertificação
Por
Guta Brandt
às
11:34
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