Umas resolvem ficar, outras vão e jamais voltam. Outras são eternas lembranças de uma mente que, sequer, tem certeza se viveu, de fato, tudo o que lembra ou se, apenas, imaginou tantos detalhes usando sua imaginação fértil de criança. Algumas, ainda, vão embora sem deixar rastros ou pistas que indiquem o caminho que escolheram. E, de repente, sem falar nada, sem fazer barulho no portão, entram pela porta da sala da nossa casa. Entram, sentam no sofá e perguntam o que tem pro almoço. Assim, simples, como se sempre tivessem estado por ali, esperando a mesa ser posta e o almoço ficar pronto. Outras, não se afastam jamais. No entanto, nós acabamos por nos afastarmos delas. Então, quando menos esperamos, as lembranças ressurgem vívidas, ávidas, fortes, coloridas na lembrança. E relembramos com saudades daqueles que perdemos ao longo dos longos caminhos que percorremos pela vida. Mas, por hoje, chega. Vou guardar as outras lembranças para o próximo banco de praça em que eu possa me sentar e relembrar, reviver. Quem sabe, no próximo banco, você seja, apenas, mais uma dessas pessoas. Dessas que a vida encarregou-se de deixar na lembrança.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
idas e vindas
Por
Guta Brandt
às
22:35
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2 comentários:
Lindo. Como sempre.
Obrigada! Sempre!
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