Noites em claro. Olhos irrequietos, passeiam, dão voltas, giram em suas órbitas. A escuridão é tanta que qualquer ponto de luz me cega. A menina, negra e brilhante, caminha pelos caminhos circulares de uma estrada castanha. Caminha, corre, retorna e se perde. Perde-se sem saber o caminho de volta e vaga, sozinha e cansada, pelos vales redondos e pelos morros orbitais. Rio salgado de águas límpidas. A menina se banha e se limpa, retira de si as impurezas que tornam opaco o seu brilho. Menina pequena e frágil, recolhe-se à insignificância de seu tamanho. Mas, engrandece-se em sua plenitude. Mais uma vez ela se fecha. Amanhã, no entanto, é outro dia.
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