Sinto fome. Tenho sede. Alimento-me. Pedras caem dentro de mim e enchem o meu estômago. Preenchem buracos, ocupam vazios, refazem ruas. Ruas pedregosas que acabam onde os olhos não enxergam. Mas que, sem dúvida, levam até os vales desabitados do meu interior. Algumas vezes, sou planície vazia, desprovida de vida. Outras sou selva viva, intensa, oculta. Por vezes, árvores frondosas habitam o caminho. São infinitas as paisagens, como são infinitas as minhas faces. Caminho por mim mesma e o caminho caminha por mim. No final da estradinha humana de pedras e carne viva, vê-se a luz de uma clareira. Oásis desértico em meio à selva humana. Rosas enfeitam as escolhas. Tulipas desvirtuam a realidade. Hora de ser mulher qualquer. Ficarei com as rosas.
terça-feira, 11 de março de 2008
escolhas
Por
Guta Brandt
às
20:31
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2 comentários:
"Algumas vezes, sou planície vazia"
MENTIRAAAAAAAAAAAAAAAAAA nem planície nem vazia. Vales, montanhas, cavernas e praias, sempre plenas de conteúdo.
Bom te ler...
Odilon
"Toda mulher gosta de rosas"
Espero que fique em paz com as rosas... e que, como as tulipas, tenham uma vida longa...
[ O grande problema é que você não é "toda mulher" ]
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