sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

negra coloração

Borboletas coçam minhas entranhas. Roçam por entre as vísceras que tanto sentem. Asas leves, delicadas. Atentas à única tarefa que lhes cabe: revirar-me, engajadas. Reviro os olhos, enxergo por dentro. Asas perfeitas, negras, agarradas, presas. Voam, caminham, rastejam. Batem as asas e indicam o tempo. Inimigo companheiro que, mais uma vez, me coloca inquieta à espera. Serei mariposa ou borboleta?

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