Nada posso prever. Nenhum passado ou história posso mudar. Há tempos não te via, exceto pelas minhas lembranças, exercitando um constante recordar. Não sei se ainda era madrugada ou se já era dia, nem posso descrever a cor do céu que emoldurava o reencontro. A casa era a mesma, o tempo era outro, presente misturado ao tamanho do sentimento que me preenchia. E apesar das crenças individuais, do tempo chuvoso e do frio que fisicamente me habitava, acordei disposta e feliz, com a certeza de que te via, imersa, mergulhada no teu abraço sem querer acordar.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
vividamente adormecida
Essa noite sonhei com você. Voando lentamente, levitando por entre mares e toda a sorte de gente. De todas as cores, todas as letras, frases diversas, orações bem-vindas. Terceira dimensão de sonhos belos, entre tantos, entre tantas, uma amiga. Apenas uma, única, entregue, divagando, adormecida. Alma bela, minha própria alma, na sua, imersa. GAnhando espaço, BRIsa leve, ELA levita, corações e almas entregues. Sem explicar, sem necessitar convenções, eu amo, simplesmente.
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Guta Brandt
às
16:03
sábado, 17 de julho de 2010
aleGria com um b no meio - 2
Você consegue, tudo é possível. Vai, mergulhe! Alce vôo, nem o céu é o limite. Não há limites, nem entraves. Nada de piscinas rasas, interpretações baratas. Oceano fundo, céu noturno, lua nova. Sua vida, inteiramente nova. Só você pode. E, quando achar que não, insistindo no insustentável medo de ser, não esqueça nunca, estarei eu seu lado, mais que sempre. Infinitamente.
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Guta Brandt
às
22:09
quinta-feira, 15 de julho de 2010
aleGria com um b no meio
Te vejo aí, tão nova, bela borboleta querendo voar. Te incentivo, te recolho em minhas mãos, vai! Voa! Nem ao menos você se mexe, nenhum sinal. Onde está a vida que te habita? Suas asas querem libertar-se, te libertar, enfim. Mas você continua aí, atada ao seu casulo, insistindo nessa vida de largarta, borboleta escondida. Nenhuma palavra escuta, nenhuma música te faz dançar. Eu te amo, amiga, dessa forma que, de verdade, não sei explicar. De tanto amar, estarei sempre ao seu lado, saiba. Aqui na Terra, no céu ou em qualquer lugar. E sigo então, trocando os discos, esperando a hora de te ver voar.
* a uma amiga incrível, alguém que amo muito e que, um dia, seguramente irei encontrar por aí "distraída, querida, perdida em muitos sorrisos, sem nenhuma razão de ser" e, quem sabe, até "chutando lata e assoviando Beattles na praça"...Gabência, amo você!
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Guta Brandt
às
16:54
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
futuro imaginado
Sabes, la he encontrado. Alguién me dice la verdad de una vida que poco ha cambiado. En la imaginación todo es futuro. En realidad, presente o pasado. Palabras sinceras, vontades divididas, carne que mucho habla, ya lo sabes. Palabras que vuelan, oraciones que llegan al alto. Si una vez más te la encuentro, palabras oídas, futuro próximo. En el presente, pasado, que tanto extraño, guardado.
Aos que querem tradução, aí está:
Sabe, te encontrei. Alguém me diz a verdade de uma vida que quase nada mudou. Na imaginação, tudo é futuro. Na realidade, presente ou passado. Palavras sinceras, vontades divididas, carne que muito fala, você já sabe. Palavras que voam, orações que atingem o alto. Se mais uma vez te encontro, palavras escutadas, futuro próximo. No presente, passado do qual tanto sinto saudade, guardado.
Aos que querem tradução, aí está:
Sabe, te encontrei. Alguém me diz a verdade de uma vida que quase nada mudou. Na imaginação, tudo é futuro. Na realidade, presente ou passado. Palavras sinceras, vontades divididas, carne que muito fala, você já sabe. Palavras que voam, orações que atingem o alto. Se mais uma vez te encontro, palavras escutadas, futuro próximo. No presente, passado do qual tanto sinto saudade, guardado.
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Guta Brandt
às
14:58
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
batidão
Ele vem e bate à minha porta. Cansado, magro, longas caminhadas, estradas curvas, tortas. Sedento. Ofereço água, não serve. Ofereço pão, não gosta. Tem sede de alma, fome de carne. Violentamente, arremessa-me. Atira-me e, intacta, espero. Espera rápida, carne morna, pele tenra. Logo se despede, e fico ali, atirada. Sentimentos dispersos, sempre à espera de um elo. O amor, mais uma vez, retorna.
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Guta Brandt
às
17:42
negra coloração
Borboletas coçam minhas entranhas. Roçam por entre as vísceras que tanto sentem. Asas leves, delicadas. Atentas à única tarefa que lhes cabe: revirar-me, engajadas. Reviro os olhos, enxergo por dentro. Asas perfeitas, negras, agarradas, presas. Voam, caminham, rastejam. Batem as asas e indicam o tempo. Inimigo companheiro que, mais uma vez, me coloca inquieta à espera. Serei mariposa ou borboleta?
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Guta Brandt
às
17:38
bandeira branca
Tempo passado. Tempo de guerra, tempo acabado. Passado. Armas abaixadas, palavras caladas. Gritos recolhidos, desnecessários. Lágrimas modificadas, choro abafado. Tempo que devolve a calma. Alma que se refaz. Coração intacto. Tempo de paz.
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Guta Brandt
às
16:22
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