quinta-feira, 7 de maio de 2009

quase partida

Há poucas horas você se foi.Viagem curta, porém doída. Comecei a juntar coisas, empilhar meus livros, guardar nossos enfeites e fotografias. Tão dolorido. Cada peça fora do lugar ia tornando mais cinza o olhar. Aos poucos, e cada vez mais, ia sumindo o colorido.E segurar cada objeto foi como segurar nossas mais doces lembranças. Palpáveis de tão vivas. Um mês, dois meses, três, quatro, cinco. O tempo é ingrato quando amamos.Galopa, corre em ritmo acelerado e, quando nos damos conta, nos abandona, já não está ao nosso lado. E dói sentir o abandono do tempo, esse infiel companheiro que, às vezes, parece ser eterno. Agora a sensação é de tempo esgotado. O vazio toma conta, as lágrimas nos inundam, coração apertado. Mas, confiarei no tempo. Logo, sentiremos que, de novo, nossos olhares se cruzam, nossos corpos se unem e o coração bate aliviado. O mesmo tempo que vai, é o tempo que volta.

4 comentários:

Anônimo disse...

O tempo que vai é o mesmo tempo que volta. Que lindo isso! Concordo que ela seja o mesmo, mas o tempo de volta, por vezes, parece bem mais extenso que o de ida. Mas sempre chega a hora. Sempre!

Vanessa Ribeiro disse...

Ai ai ai, eu sei muito bem pra quem é esse post ;-)

Carol disse...

"O vazio toma conta, as lágrimas nos inundam, coração apertado"
Muitos ainda dizem ser veneno que não mata...

ninha disse...

As mudanças ocorrem, são necessarias mas o coração! Como aguentar as desiluções, afinal no inicio tudo parece eterno...
Lembranças só faz doer.