sábado, 22 de dezembro de 2007

aos poucos

Aos poucos estou apagando os seus registros. Pelo menos os mais aparentes. Alguns - a parte mais primitiva de nós - não tenho como apagar. Correspondem ao cheiro, ao tato, ao gosto. Memórias inabaláveis, impossíveis de serem, simplesmente, deletadas. Suas digitais ficarão para sempre na minha pele, o teu gosto permanecerá para sempre na minha boca. Porém, ainda assim, estou apagando suas impressões. As mais aparentes. Para que elas não mais incomodem os meus olhos. Para que não mais machuquem a minha alma.

Um comentário:

Cibele Jordão disse...

É, o problema é quando queremos apagar, precisamos apagar, mas não temos força suficiente para isso!

Lindo texto moça!

Beijos!